terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A MÁQUINA DE MADEIRA - de Miguel Sanches Neto




O lançamento do novo livro de Miguel Sanches Neto será no sábado, 08 de dezembro, 17 horas na Livraria Arte e Letras – Curitiba ( Rua Presidente Taunay, 130B - Próximo ao Shopping Batel – Casa de Pedra).

O livro foi publicado pela editora Companhia das Letras, em cujo site encontramos esclarecimentos sobre o livro "A máquina de madeira".

Uma enorme máquina taquigráfica chega ao Rio, vinda numa embarcação do Recife. Quem acompanha o desembarque é seu criador, o padre Francisco João de Azevedo. A máquina é uma das revoluções do século XIX. Com ela, sermões e discursos poderão ser transcritos com agilidade até então desconhecida, como que num registro do próprio progresso brasileiro.

É um momento de ebulição nas ciências nacionais. Dezenas de inventores se agrupam no prédio da Exposição Universal, que receberá visita do imperador d. Pedro e de investidores do mundo todo. Nas ruas, a expectativa de um salto industrial e econômico para o Brasil.

Neste romance histórico, o escritor Miguel Sanches Neto usa a trajetória do padre Azevedo, precursor da máquina de escrever e quase desconhecido entre nós, para narrar a formação da identidade de um país. Com humor e um olhar por vezes ferino, mostra um Rio de Janeiro que tenta caminhar do exótico para o moderno, um lugar onde os ventos europeus contracenam com resquícios do Brasil colônia.

A figura do padre professor, impelido à desastrada aventura no Rio por suas habilidades manuais e ânsia pelo progresso, serve de baliza para uma trama maior, de exploradores e explorados, de articulações políticas e econômicas, que vai da intriga nos corredores do Paço à residência de uma certa amante do imperador, passando pelos melhores bordéis da cidade.

Em meio a essa quase tragicomédia brasileira, surge um personagem denso e complexo. Entre a fé e a ciência, entre o amor e o dever, Azevedo representa uma nova mentalidade. No descompasso de suas ideias progressistas e as já velhas tradições nacionais, surge uma reflexão atual sobre um país sempre em movimento. No Rio de Janeiro do século XIX, recriado minuciosamente por Miguel Sanches Neto, é o Brasil de hoje que se desvela.


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