domingo, 12 de fevereiro de 2012

Novo livro de Adélia Maria Woellner













FESTA NA COZINHA – bom apetite (edição do autor, com apoio da Kraft Foods Brasil, 2011, 36 p.) é um livro muito colorido e com belos poemas da Adélia Maria Woellner. As ilustrações são de Heliana Grudzien. Além de ser um livro com bom trabalho gráfico, realizado pela Nexus Design, é engraçado e incentiva a boa alimentação, base da saúde.
Os poemas visam despertar o interesse das crianças para os alimentos sadios em um mundo no qual o "fast food" é muito popular. Adélia enfatiza que nesta época as crianças não mostram interesse em alimentos naturais. Elas raramente vão à cozinha para comer uma pera, uma banana, uma maçã ou outras frutas. Preferem produtos industrializados. Tampouco sentem atração pelos sucos naturais. A maioria das crianças escolhe refrigerante.

Os poemas focam diferentes alimentos, entre eles: laranja, maçã, milho, banana, feijão e arroz, tomate, cebola, banana, pêssego e outros.
Os poemas são fáceis de lembrar e podem ser usados em sala de aula para complementar um assunto tão importante como é a boa alimentação.
Vejamos o poema que fala da banana:
“Sua risonha carinha,
A banana quer mostrar:
De tirinha em tirinha,
Basta, apenas, descascar.”
No final do livro, os leitores poderão ler e aprender receitas fáceis como frapê de morango, sandwich “Cara de Lua Cheia” e torta salgada.

ENTREVISTADA: ADÉLIA MARIA WOELLNER
Adélia é poeta e escritora, membro da Academia Paranaense de Letras, autora dos livros: Férias no sítio, A água que mudou de nome, A menina que morava no arco-íris (história foi adaptada, por Gil Gabriel, para o teatro de bonecos), e Festa na Cozinha.






Adélia Maria Woellner.

Adélia, quando nasceu o seu desejo de ser escritora?
– Para falar francamente, nunca desejei ser escritora. Aconteceu, porque escrever, para mim, sempre foi uma necessidade. Um prazer. O primeiro livro de poemas foi publicado por sugestão de um amigo, em 1963. Depois aconteceram outros, mas só consegui aceitar a condição de escritora há poucos anos.

Por que escreve para o público infantil?
– Eis outro presente que recebi da vida. Quando escrevi o livro "Para Onde Vão as Andorinhas...", relatando a vida de meus antepassados, ao descrever o sítio de meu avô materno, onde passava alguns dias mágicos, encantadores, o texto surgiu em forma de poema.
Um amigo, lendo-o, me sugeriu: "este poema daria um livro infantil". Pois é... E assim nasceu o "Férias no Sítio", que foi ilustrado pelo meu sobrinho-neto Rafael Furtado Casagrande, com apenas 8 anos de idade. Foi uma delícia!
Acho que, aberta a porta, os outros livros aproveitaram a "fresta" e vieram atrás... Você já os citou. Além deles, também nasceram "A menina do vestido de fitas", para colorir, e uma coleção em coautoria com a Heliana Grudzien, em doze volumes: "Valores Humanos", para a Editora Expressão. Este ano será publicado "A vida do papagaio de cara roxa", em projeto aprovado pelo Ministério da Cultura (Lei Rouanet). Espero, também, conseguir captar recursos para outro projeto, para edição da Coleção Tagarela, com cinco pequenas histórias: "A Casa de Cristal", "O Reino das Águas Azuis", "A Menina do Pastoreio", "A Natureza das Coisas... é assim porque é assim..." e "No Céu e no Mar".

Como surgiu a ideia de escrever um livro infantil sobre alimentos?
– A ideia não foi minha. Eliane Aleixo foi quem me sugeriu. Aos poucos, o tema foi "germinando" e, de repente, aconteceu a história de Dona Margarida. As minhas próprias dificuldades em apreciar alimentos naturais me inspiraram. E hoje, mais do que no meu tempo, os alimentos industrializados conquistam, seduzem as crianças que, pouco a pouco, perdem a atração por alimentos importantes e indispensáveis à saúde. Esta a motivação.

Como estão reagindo as crianças ao ver o livro “Festa na Cozinha”?
– As crianças estão se divertindo... e eu, também. Quando escrevo que cenoura tem topete e que cada fatia, cada rodela, parece um olho, elas reconhecem essas características e a curiosidade é consequência. Depois de ler o livro, tenho certeza de que as crianças passam a enxergar os alimentos de outra forma. Sentem-se mais atraídas por verduras, legumes, frutas... Professores e pais estão aproveitando os pequenos poemas de cada página para despertar essa atração.

Você também é palestrante. Quais são os quesitos para você aceitar ministrar palestras em escolas?
– Não faço restrições, nem exigências. Quando sou solicitada, e tendo disponibilidade de tempo, vou falar com as crianças, com a maior satisfação. O brilho nos olhos delas, o sorriso, as gargalhadas, a empolgação, tudo isso me anima e me incentiva a continuar.

Como podem fazer os professores interessados em suas palestras para entrar em contato com você?
– O contato comigo pode ser feito pelo telefone 9975-7108 ou pelo e-mail: adeliamaria@hotmail.com









Isabel Furini é escritora, poeta e palestrante autora de O livro do Escritor, orienta a oficina Como escrever livros no Solar do Rosário. Contato: (41) 8813-9276.

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