quarta-feira, 24 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

Poesia na escola


Poesia!  Ela está voltando com força renovada. Poesia é sinônimo de emoção estética.  É a força da palavra usada para mexer com o emocional humano.
Ela nos leva pelo mundo mágico da imaginação, dos jogos linguísticos, das ideias escritas com rima, com ritmo.

A poesia não é somente fruto do significado, mas também do significante.

E as figuras de estilo são importantíssimas para criar um texto interessante. Um texto que capture o leitor. Atualmente, as figuras de estilo são assunto de estudo em cursos de redação publicitária, de propaganda e de marketing. As figuras de estilo aumentam a expressividade, a emoção do texto.  E todos os poetas queremos escrever e ouvir textos que entusiasmem, com palavras que energizem as ideias.

Geralmente, consideramos três tipos de poemas: lírico, dramático e épico. O lírico possui ritmo e musicalidade e está relacionado à música. É devemos lembrar que as crianças gostam de música, de canto, de declamar poemas, de brincar com palavras e escrever poemas.

Por isso, as aulas de poesia para crianças devem ser lúdicas. Confesso que pensei muito nesse assunto ao escrever o livro "O grande poeta – figuras de estilo e poemas divertidos", publicado pela Matrix editora - http://www.matrixeditora.com.br/



O livro "O grande poeta" da Matrix editora é um livro que diverte enquanto ensina como escrever poemas.  As crianças vão aprendendo as figuras de estilo enquanto brincam com as palavras. Crianças gostam do jogo linguístico.   O aprendizado não pode ser rígido nem cansativo. Os alunos necessitam divertir-se, brincar  com palavras e ideias. Podemos dizer que as crianças gostam de poetizar.

Na realidade não ensinamos a escrever poesia, só orientamos. Cada criança terá uma reação diferente. O educador deve respeitar essas diferenças.

É  necessário fazer ênfase nos efeitos de sonoridade, de imagens, de movimento.  A finalidade das aulas de poesia para crianças é despertar o espírito poético. Estimular o gosto pela poesia. Não podemos esperar que todos sejam poetas, mas que apreciem ler poemas, declamar, escrever.

A poesia para crianças pode começar com "jogo de palavras". O educador coloca uma lista de palavras que rimem e solicita que os alunos criem poemas com essas palavras.

Outros estímulos também podem servir para criar poemas. Por exemplo: falar sobre a metáfora e solicitar aos alunos que escrevam metáforas.  Depois  elaborar o poema baseando-se em alguma metáfora. É preciso dar liberdade.

Alguns alunos farão poemas de pequenos de dois versos (dísticos) enquanto outros escreverão poemas longos. O professor deve estimular a produção poética e entender que alguns alunos terão mais capacidade criativa. O trabalho não é julgar os poemas, mas estimular a criação poética.

O livro "O grande poeta" que publiquei pela Matrix editora é um guia para que os pequenos possam entender essa arte maravilhosa, que é a arte poética.

Isabel Furini é escritora e poeta premiada. Contato: isabelfurini@hotmail.com

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Escritor Paranaense receberá prêmio literário na ABL


No dia 26 de outubro, sexta-feira, o escritor paranaense Rodrigo Domit estará na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, para receber o diploma de terceiro lugar obtido pelo seu livro Colcha de Retalhos no Prêmio Humberto de Campos, promovido pela União Brasileira de Escritores.

Rodrigo Domit nasceu em Curitiba, foi criado em Londrina e reside atualmente no Rio de Janeiro. O Colcha de Retalhos, seu segundo livro, é composto por 73 textos curtos - entre contos, crônicas e prosas poéticas - e já havia sido finalista do Prêmio Nacional SESC de Literatura, em 2008, e vencedor do Prêmio Utopia de Literatura, em 2010.

O livro foi lançado em eventos em Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Uberlândia, Uberaba e Sinop.

A versão digital da obra está disponível para leitura online e para download, com um sistema de distribuição peculiar: o leitor decide se quer pagar pela obra e, se optar por realizar o pagamento, também decide qual valor.

Os interessados em saber mais sobre a obra e o autor podem acessar o seguinte site: http://e-bookcolchaderetalhos.blogspot.com


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

BIÓLOGO LANÇA LIVRO INFANTIL SOBRE OS BICHOS DO JARDIM


Formigas, joaninhas, minhocas, borboletas, libélulas e uma variedade de outros bichos. Todo mundo já deve ter observado algum deles em ambientes de jardim, seja no quintal de casa, nas praças ou parques. Alguns são até bonitos e atrativos, já outros, podem ser feios e assustadores, principalmente para as crianças.

Com o objetivo de tornar esse universo um pouco mais divertido, o biólogo Humberto Conzo Junior está lançando o livro “Descobrindo os bichos do jardim” (Matrix Editora). A obra é um guia perfeito para quem gosta de observar esses bichinhos e para quem deseja descobrir o mundo de aventuras e surpresas que um jardim pode reservar.

Segundo o autor, o livro é indicado para crianças de todas as idades e até para os mais crescidos que ainda mantêm o entusiasmo diante dos encantos da natureza. “Respeitando o modo como eles vivem e conhecendo mais sobre eles, podemos interagir sem medo, sem nos machucar e sem machucá-los”, explica Conzo.

Com ilustrações de Bernadita Uhart, o livro é um verdadeiro convite para as crianças se aproximarem mais da natureza e aprenderem sobre as peculiaridades e curiosidades de casa bicho presente no jardim.

Sobre o autor:
Humberto Conzo Junior nasceu em São Paulo em 1973. Desde criança brincava com insetos e, como sempre gostou de estudar, formou-se em Biologia e em História pela USP. Aos 14 anos começou a fazer poesia e, aos 16, lançou seu primeiro livro, Tudo ou Nada. É autor do texto do livro Abecedário de Aves Brasileiras, de Geraldo Valério. Em 2011 lançou o livro Bichos Sinistros, que fala sobre ratos, baratas, aranhas e escorpiões. Este é seu primeiro trabalho pela Matrix Editora. Mantém também o Blog das Pragas, em que apresenta dicas e curiosidades sobre os bichos que costumam invadir nossas casas: http://blogdaspragas.blogspot.com

Sobre a Matrix Editora:
Em seu catálogo de autores constam nomes como Millôr Fernandes e Steve Martin, além de best-sellers como “Proibido para Maiores” e “Mothern – Manual da mãe moderna”.

Descobrindo os bichos do jardim
40 páginas

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Certos guardados


Numa prateleira, abrigo a compoteira
que minha mãe ganhou em suas núpcias.
Tem cores múltiplas e uns motivos chineses.
Guardo nela um chumaço de saudade, cacos de vida,
um certo abraço, uma foto esmaecida, guloseimas.
Algumas vezes, pequenas teimas
e uma pálida esperança que trago comigo da mais tenra idade.
Também um sonho que persigo desde antigamente.
Afora uma lembrança impertinente que não vai embora.

Wanderlino Teixeira Leite Netto



sábado, 6 de outubro de 2012

Resultado do 4 Concurso Poetizar o Mundo


Poema Inspirado no quadro "Um olho no universo"  do artista plástico Carlos Zemek.
Essa obra foi adquirida pela escritora Susana Arceno Silveira, de Curitiba, PR.




1º Lugar: Andressa Barichello - Curitiba, PR, Brasil.

 UNIVERSO EM UM OLHAR

Um olho no universo
Olho de sol
Olhar de lua
Uni-verso imerso
na retina tua.

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Poema inspirado no quadro "A Fronteira do Universo", de Carlos Zemek.


2º Lugar: Renata de Aragão Lopes, de Juiz de Fora, MG. Brasil

ESTRELAS

Espia, que o céu é comprido.
Confia, que o céu não tem fim.
Satélites mostram galáxias.
Quantas estão no camarim?




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Poema inspirado no quadro "A Fronteira do Universo", de Carlos Zemek.






3º Lugar: :    André Luís Soares  - Guarapari, ES, Brasil.

FRONTEIRA DO UNIVERSO

Na fronteira do universo
– lá onde findam os céus –
tem-se o tributo derradeiro:
duas moedas pro barqueiro...
adeus!

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MENÇÕES HONROSAS
Tela do artista plástico Carlos Zemek: "Os Andes e o Mar".




4° Lugar: Zenaide Alós Guimarães Abati - Porto Alegre, RS, Brasil.


É PRECISO


É preciso ser mar

Para entender a saudade

Da onda.


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Inspirado na tela:Em Um Mar Alienígena, de Carlos Zemek








5º Lugar Janaina Santos Barroso - São Bernardo do Campo, SP, Brasil.


PLANCTONS E ESTRELAS

No fundo e escuro desconhecido

Reinam os fugitivos da areia

Estranhos somos nós

Aos olhos dos homens-sereia...



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Tela: As quatro irmãs gêmeas, do artista plástico Carlos Zemek.







6º Lugar: Cleomâncio Inácio Miranda, São Paulo, Brasil.


DANÇA ÀS MARIAS

De nome céu, um berço embala quatro irmãs iguais.

Eis que uma dança, a esmo, alumiando as demais.

Agora mais que companhia, ela é quem guia as três Marias:

Se torna delas mãe e pai.



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Poema inspirado na tela: A Fronteira do Universo




7º Lugar: Rosana Banharoli, Santo André, São Paulo, Brasil.

FIO DE ARIADNE

No Firmamento, estrelas choram vidas.
Enquanto no Sibilino, a temporalidade cósmica dança.
Já,  aqui na Terra, perscruto fronteiras
            a juntar os fragmentos
destes    inícios  que  me     constroem.




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Poema inspirado na tela: A montanha e o mar, do artista plástico Carlos Zemek.





8º Lugar: Tiago Luz - Rio de Janeiro, Brasil.


A Montanha: (a)Mar
Pacíficas, as águas me beijam:
Íntima carícia de quem ama.
E grão por grão, escorre meu coração
No infinito azul desta dama...
Eu, a montanha: um vulcão!


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Poema inspirado na obra do artista plástico Carlos Zemek:




9º Lugar: João Baptista Coelho - Domingos de Rana, Portugal.

RETRATO DE UM PINTOR

Zemek, na pintura, um outro mundo
que nos transporta além da obra artística.
Um conceito novo e bem profundo
da Vida aonde o sonho é mais fecundo
pois ultrapassa, até, a própria mística.


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Inspirado na obra: Formas de Vida, do artista plástico Carlos Zemek






10º Lugar : Sonia Andrea Mazza, Buenos Aires, Argentina.

CRIAÇÃO

Por um lado o caos,
por outro, a harmonia,
e no âmago
como recém nascida
a própria vida

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

COMO ESCREVER LIVROS DE CONTOS E CRÔNICAS?


                Recebi um e-mail de um leitor que deseja escrever um livro, mas não consegue definir se seus textos são contos ou crônica. Nada de estranho com isso, pois na atualidade diferenciar um conto de uma crônica é uma tarefa difícil.
Não é raro confundir os dois gêneros. Isso acontece muito e provoca longos debates em concursos literários. Porque enquanto alguns consideram que a crônica deve ser simples, tão simples que qualquer elemento enriquecedor tira a sua característica de crônica, outros acham que a crônica é um gênero oceânico, permite qualquer tipo de abordagem.
Mas, ao final quais são as características de um bom conto? O conto, como qualquer texto ficcional, cria um universo paralelo. E esse universo deve ser plausível. Alguns dizem que um bom conto é aquele que o leitor lê sem parar, quase sem respirar. Um conto precisa de uma narrativa intensa, de tensão. No conto tudo se encaminha para o desfecho, o escritor não tem tempo de tratar assuntos laterais. O conto é curto e condensado.
Em “O Livro do Escritor” (editora Instituto Memória, 2009), ao analisar os contos falei: “Escrever contos é uma boa opção para iniciantes. O trabalho conclui-se mais rápido. A ansiedade termina em pouco tempo. Isso pode criar a falsa ideia de que escrever um conto é uma tarefa menor: talvez insignificante. Critério errado. A estrutura do conto não é mais simples que a do romance. É diferente. Escrever um bom conto é difícil.

E a crônica? Já foi considerado um gênero híbrido por flutuar entre a literatura e o jornalismo. A crônica tem pontos em comum com o conto. As duas são narrativas curtas. Além disso, a crônica também admite personagens, o que a torna muito semelhante ao conto.

Então, quais são as diferenças? Enquanto o conto admite enredos infinitos, a crônica focaliza assuntos cotidianos. O conto admite vários incidentes. A crônica, só um incidente. A característica marcante da crônica é o ponto de vista, a opinião, o comentário, elementos que podem prejudicar um bom conto.

Desse modo, podemos concluir que conto e crônica não são gêmeos univitelinos. E o que exigem do escritor? O conto exige unidade, além de criatividade. Já a crônica exige o poder de observação. O cronista é bom observador e um bom ouvinte. Ele escuta frases, fragmentos de conversas na rua, na fila de banco, no restaurante. Como falou Rubem Braga, o cronista olha o mundo com os olhos de um poeta ou de um bêbado.

Uma característica: os dois gêneros parecem fáceis de trabalhar. Como são gêneros rápidos, dão a falsa impressão de que é só sentar ao computador e é possível escrever crônicas e contos excelentes. Mas não é assim. Esses estilos requerem análise microscópica. É preciso, depois de  escrever, trabalhar cada parágrafo, cada frase.

Como fala o aforismo: a crítica é fácil, a arte é difícil.

Isabel Furini é escritora e poetisa premiada.

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