terça-feira, 31 de maio de 2011

Revista ZK 2. 0 de Maio


Leia a revista ZK 2.0 de Maio, em espanhol.

Revista gratuita no:
http://zk.zonakeidell.com/zk20/paginas/index.php

sexta-feira, 27 de maio de 2011

ESCREVER LIVROS PARA CRIANÇAS?

















Iniciará em 06 de junho (segunda-feira, a partir das 14:30 horas) no Solar do Rosário, uma oficina especial para pessoas que desejem escrever livros infantis.

Já orientei essa oficina em vários espaços, entre eles, no Centro Filosófico Delfos, e na Fundação Cultural de Curitiba (2004). O objetivo da oficina é orientar novos escritores, ajudá-los a compreender os mecanismos que tornam agradável uma história para crianças.

Na oficina analisaremos as técnicas para escrever contos infantis.

Como despertar o interesse de meninos e meninas? Os contos direcionados ao público infantil têm algumas características próprias: a oralidade, a fantasia, a curiosidade, o descobrimento do mundo, o olhar mágico.

Na primeira aula serão analisados alguns contos do ponto de vista dos símbolos. Uma maneira de descobrir a subjetividade e o estágio das crianças que escutarão ou lerão as histórias.

Serão analisadas: a teoria da escada, os elementos da composição literária, a plasticidade da narrativa, os elementos da composição literária.

A oficina, aberta para o público em geral, procura motivar e dar as ferramentas para escrever histórias infantis.

Tive a oportunidade de publicar livros para o público infantil, entre eles Joana a Coruja Filósofa, pela editora Sophos, e a coleção Corujinha e os filósofos, pela editora Bolsa Nacional do Livro, de Curitiba.

A oficina iniciará 06 de junho, e terá duração de dois meses. Será ministrada no Solar do Rosário, no Largo da Ordem. Essa casa senhorial é um cartão postal da cidade, é uma casa assobradada de arquitetura eclética porque, como em todas as casas senhoriais do fim do século XIX , havia uma mistura de estilos: colonial português, francês, alemão, acrescido de características neoclássicas como o frontão com suas volutas curvas, janelas e sacadas.

O Solar do Rosário de propriedade de Regina Casillo foi inaugurado em maio de 1992, e hoje é um complexo cultural que possui Galeria de Arte, Livraria e Editora, Cursos, Oficinas, Antiquário, Molduraria, Restaurante, Casa de Chá e Jardim de Esculturas, além de ceder seus espaços para lançamento de livros e eventos de arte, música, teatro, performances e arte educação.

Os interessados na oficina Como Escrever livros para Crianças podem solicitar mais informações pelo fone (41) 3225-6232, ou pessoalmente na rua Duque de Caxias, 06, Largo da Ordem, Curitiba.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

ENTÃO VOCÊ QUER SER ESCRITOR?










Li há pouco tempo no Digestivo Cultural, (Os contistas puros-sangues estão em extinção, de Luiz Rebinski Junior, 04/05/11), que nesta época não há contistas “puros-sangues”, ou seja, dedicados realmente ao conto e com capacidade para criar tramas e personagens de impacto – capazes de fazer vibrar o leitor – pois a maioria edita um livro de contos para estrear no mundo literário, porém de olho no próximo romance. Isso é verdade. Contudo como toda regra tem exceções, hoje quero falar um pouco de um “puro-sangue” da literatura, de um contista que conhece profundamente a técnica ficcional, falaremos de Miguel Sanches Neto.

Seu novo livro de contos: Então você quer ser escritor? É tudo o que um escritor sonha em conseguir escrever. É excelente. É tão bom que pode até despertar a raiva de qualquer autor. Porque se pensarmos que o título é um desafio do tipo: se você quer ser escritor, escreva um livro como o meu, percebemos que haverá poucos, pouquíssimos, que aceitem esse desafio. O conhecimento de narratalogia, as construções de personagens, de espaços e de conflitos fazem de
Então você quer ser escritor? (Record, 2011, 222 páginas) um livro invencível. Na realidade, quando chegamos ao último conto, que tem esse mesmo título, descobrimos que não é um desafio, é simplesmente uma história que fala de uma oficina literária, da lembrança de uma moça sensual e do choque com a realidade. Não é a lembrança de um grande amor, mas de uma paixão. Miguel Sanches Neto não escreve contos cor-de-rosa, ele dá a cada história uma cor especial. Uma gama riquíssima e com estrutura coesa.

Atrevo-me a dizer que alguns contos do livro, entre eles Árvores submersas, podem ser confrontados com os grandes contos da literatura mundial. Miguel Sanches Neto tem um ofício um pouco esquecido nesta época em que qualquer pessoa pode ir até uma editora por demanda e publicar um livro. O ofício de Miguel Sanches Neto é o de ser escritor.

Agora, se você for escritor será difícil não murmurar frases com raiva. Frases do estilo: Como esse maldito conseguiu escrever um livro tão bom?

Falando sério, se você quiser ler um livro de contos viscerais, escritos com a tensão que só grandes escritores conseguem, aconselho a leitura de Então você quer ser escritor? Sentirá a força arrasadora de um “puro sangue”, a força das histórias escritas com técnica e paixão.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

VOCÊ COMPRA LIVROS PELOS TÍTULOS?

Os títulos dos livros funcionam como “ganchos” literários. E quem se baseia em títulos para comprar livros, às vezes cai em uma emboscada. Título bom, conteúdo ruim. Mas nem sempre. Muitas vezes, o título passa alguma idéia do livro, por exemplo, ao ler o título Cem Anos de Solidão de Garcia Marques, temos a sensação de que os personagens estão submersos em uma solidão sem fim.

Em uma das aulas de criação literária que ministramos em Curitiba, uma senhora levou um livro chamado Melancia. Um rapaz, ao ver o livro, comentou com sarcasmo “pessoal, imaginem quanto essa autora deve ter pensado para escolher um título tão elaborado, tão sofisticado, tão criativo: Melancia”. A turma riu. Outra moça acrescentou: “parece livro de receita de cozinha”. Mais risos. A senhora, um pouco zangada, defendeu o livro dizendo que ela havia lido e havia gostado.
E é assim mesmo, gosto não é para discutir (a não ser que você seja crítico de literatura ou de arte). Se todos os autores escrevessem livros ao estilo de Marcel Proust, não teríamos opções de estilos. Mas é bom analisar as implicações de um título. Muitas vezes, o autor coloca um título em seu livro e a editora sugere outro. O apelo comercial é muito importante para as editoras, pois ninguém quer publicar um livro que fique encalhado.

Muitas livrarias escolhem pelas capas, os livros para exposições em vitrines e gôndolas. Nelas distinguimos dois elementos importantes: o título do livro e a imagem. Capas bonitas, capas chocantes, títulos de impacto têm maiores chances de vendas.

Robert Kiyosaki, autor de Pai Rico, pai Pobre, conta que um editor aconselhou o título Economia doméstica. O escritor, com bom discernimento, exclamou: Quem vai comprar um livro de economia doméstica?!! Pai Rico, pai pobre é um título provocador. E deu certo, o livro vendeu milhões de exemplares.

Acontece que o mercado editorial está tão saturado, são tantos títulos novos todos os anos que fica difícil escolher. Por isso, muitos leitores procuram por autores consagrados. As obras de Garcia Marques, Lygia Fagundes Telles, Loyola Brandão, Dalton Trevisan, Moacyr Scliar (e outros, pois é impossível nomear a todos) parecem trazer o selo de qualidade impresso na capa. Muitas pessoas chegam às livrarias e perguntam: Tem livros de Moacyr Scliar? Quais são os livros de Lygia Fagundes Telles que você tem? Às vezes, os leitores já conhecem esses autores ou escutaram falar e querem conhecer...

Para não nos deixarmos levar só pela capa, uma boa técnica é ler as orelhas do livro, o sumário e o prefácio. Com isso, já teremos uma visão mais próxima do seu conteúdo e poderemos avaliar se a obra será de nosso agrado. Pois ler deve ser como aquelas propagandas de cigarro,“um raro prazer” e o importante é que ler não causa câncer nem impotência. Leitura só traz vantagens, pessoal, só vantagens.

terça-feira, 10 de maio de 2011

A POESIA ESTÁ MORTA?













A maioria das pessoas gosta de escrever poesia, não é verdade?



Ao menos em uma época da vida, na adolescência , nos momentos de solidão ou de tristeza, escrever poemas faz tanto bem para nossas almas! Para muitos, a poesia é como uma amiga secreta, a gente tem medo de mostrar o que escreve, pois os outros podem rir ou dizer: Li no jornal que estão procurando o assassino da Musa da Poesia,e vejo que o criminoso é você mesmo.


Há muitos anos levei um livro de poemas para um editor. Ele nem olhou, e disse: “Não edito poesia. Poesia tem mais autores que leitores”.


Realmente, o mercado de poesia é pequeno. Mínimo, diríamos. Até aqueles que escrevem poesia raramente adquirem livros de outros poetas. Por quê? Não sabemos. Uma amiga comentou que a maioria dos livros de poesia é ruim, então, ela só adquire livros de poetas já consagrados, porém “quem não arrisca não petisca”.


Milhares de poetas escrevem e bancam a edição de seus livros. Depois de pisar nas nuvens, caem na triste realidade. Como é difícil vender livros de poesia! São livros que encalham, disse-me um vendedor de uma grande livraria de Curitiba. E o pior é que encalham mesmo.


Conheço poetas que dão seus livros de presente. Algumas pessoas agradecem, manuseiam um pouco o livro na presença do autor, elogiam e guardam na prateleira sem ler. Às vezes, esses livros presenteados terminam no sebo, outros têm fim desconhecido. Isso porque as livrarias de usados estão abarrotadas de livros de poemas. A maioria dos sebos não aceita, não compra nem troca livros de poemas.


Mas você e eu, que amamos a poesia, talvez devêssemos ajudar – segundo nossas possibilidades, aos novos autores. Eu adquiri um livro de Poemas de José Luis Carvalho, O Sol do Sonho, na Fundação Cultural de Curitiba, como narrei na crônica publicada neste Portal, intitulada A Tribo dos poetas. E tive uma surpresa maravilhosa. Amei os poemas com suas imagens quebradas e metáforas originais.


Afinal, o desespero de novos poetas investirem em suas próprias obras demonstra que a poesia não está morta, ao contrário, está viva, forte e renovada. Uma musa sempre bela!
E livrinhos de poesia são, em geral, tão baratinhos! Eu decidi adquirir um ou dois livros de poemas por mês, para dar uma chance a esses novos poetas. Talvez meu pequeno gesto ajude alguém talentoso, talvez... Nunca se sabe.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O VENDEDOR DE SONHOS (Resenha)

O Vendedor de Sonhos: O chamado (Academia de Inteligência, 2008, 296 pág., R$ 29,90),
foi escrito por Augusto Cury, médico, psiquiatra, psicoterapeuta e um escritor de sucesso. Suas obras já venderam mais de 10 milhões de exemplares no Brasil.

O numero de exemplares vendidos deixa as pessoas curiosas e chama novos leitores. A pergunta é: como um livro consegue atingir um índice de vendas tão significativo?

O romance tem abordagem psicológica e emocional, procura dar lições de vida e critica a sociedade contemporânea (um hospício global). No início da narrativa um homem ameaça se jogar do alto de um edifício, em São Pablo. Seu nome é Júlio César Lambert. Ele é um professor universitário.

Um sujeito maltrapilho consegue aproximar-se do suicida e realiza um gesto incomum, oferece um sanduíche (isso encanta os leitores). Logo Júlio e o desconhecido passam a dialogar.

A história de Júlio pode ser parecida com milhares de histórias, (fato que comove o leitor). Júlio já traiu a esposa, contraiu dívidas e seu filho, João Marcos, envolveu-se com drogas.

O homem maltrapilho, que para alguns é um sábio e para outros, um louco, modifica a vida das pessoas. Faz lembrar aquela frase do famoso lingüista Alfred Korzibsky (1879-1950), popularizada pela Neuroglinguística: “mapa não é território”. O maltrapilho fala como um mestre e muda os mapas mentais. Mas quem é o vendedor de sonhos? Para dar mistério à obra, o narrador não revela quem é o personagem.

Ao sair do prédio O vendedor começa a dançar, forma-se uma roda, Júlio é puxado para dançar é sente-se invadido pela sensação de profunda alegria.

O Mestre convida um bêbado, Bartolomeu, um falso Milagreiro, Edson, e outros personagens a compor um grupo. Ele fala frases belas e de impacto: “O Ser morre quando deixa de se sentir importante”, “Não posso mudar o que fui, mas posso construir o que serei.”, “Toda mulher é bela. A beleza não pode ser padronizada.”

E o Mestre vira ídolo. Até que é revelado o passado do mestre. Mas, os ensinamentos são superiores ao homem que os proclama. Ou não são?

O vendedor de sonhos vende o velho sonho de ser livre - de eliminar padrões, fraquezas. Assuntos já tratados com excelência pelo filosofo e louco Nietzsche em “Assim falou Zaratustra”. Mas Nietzsche é radical. Ele acreditava que uma pessoa livre é sempre incompreendida, condenada à solidão. A solidão do super-homem.

O mestre da obra de Nietzsche fala no vazio. Alguns o escutam, mas ninguém o entende. O peso da solidão e da responsabilidade da própria vida assusta.

Cury, ao contrário, faz um personagem que é aceito e seguido por alguns e odiado por outros. Com seus discursos ele consegue seguidores. O vendedor de sonhos é um ser gregário. E sejamos honestos, esse personagem encanta, pois mantém o leitor dentro na zona de conforto.

O livro de Cury tem seu valor, pois critica à sociedade globalizada e desumanizada, esquecida de valores como compaixão, carinho e compreensão. A construção da narrativa é de obra de auto-ajuda, sem linguagem literária, fato que irrita aos amantes da literatura, mas que faz vibrar os amantes de livros de auto-ajuda. Lembremos que a obra já foi publicada em 50 países.

E o velho ditado permanece: É impossível agradar a todos.

Resenha de Isabel Furini publicada na coluna "Livros de Negócios" do ICNEWS.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

CONCURSO POETIZAR O MUNDO - INDRISO

2º CONCURSO DE POESIA “POETIZAR O MUNDO” – Modalidade: Indriso.

Organizadora: escritora e poeta Isabel F. Furini, autora de O Livro do Escritor.


MODIFICAÇÕES: Informamos que Isabel F.Furini, organizadora do concurso, não será jurada do mesmo. A comissão julgadora será composta pelo escritor e psicanalista Marco Antônio Araújo Bueno, editor do blog De Chaleira, e a equipe desse blog.

O indriso ganhador (1º lugar) será publicado gratuitamente na 1ª Antologia Internacional de Indrisos, em edição multilíngue, organizada por Isidro Iturat.



1) O Concurso de Poemas tem como objetivo estimular a produção literária e é destinado a todas as pessoas maiores de 18 anos que apresentam um poema INDRISO inédito escrito em português.

2) O tema é livre e a inscrição é gratuita e poderá ser feita até 10 de junho/2011.

3) Cada concorrente poderá participar com apenas um Indriso inédito (ou seja, ainda não impresso nem publicado na internet), que não tenha sido premiado em outro concurso.

4) Consideram-se inscritas as obras enviadas pelo e-mail à: isabelfurini@hotmail.com Concurso de Poesia: “Poetizar o Mundo”, no corpo do e-mail, sem anexo, escrito em língua portuguesa, digitado em espaço 2 (dois), com fonte Arial, tamanho 12 (doze).

6) Deverá constar no final: o título do poema, nome completo do autor, seu endereço, telefone, RG, e 4 ou 5 linhas de currículo.

7) A comissão julgadora será composta pelo escritor e psicanalista Marco Antônio Araújo Bueno, editor do blog De Chaleira, e a equipe do blog.

8) Premiação: O primeiro lugar receberá troféu e diploma, o segundo e terceiro lugares receberão diplomas, e poderão ser escolhidas até três Menções Honrosas que também receberão diplomas.

9)O resultado do concurso será divulgado em site literários da Internet, e blog: http://www.isabelfurini.blogspot.com/ no blog Falando de Literatura do Bonde News e De Chaleira, http://e-chaleira.blogspot.com/


10) O resultado será divulgado até 1º de Agosto/11. Na ocasião, também será homenageado com placa comemorativa o poeta Isidro Iturat, criador da modalidade poética Indriso. O INDRISO é formado por 2 tercetos e 2 monósticos, num total, portanto, de 08 versos, com métrica e rimas livres. Mais informações sobre o indriso no site: http://www.indrisos.com/

11) O encaminhamento dos trabalhos na forma prevista neste regulamento implica concordância com as disposições nele consignadas.

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Informação: Os ganhadores do primeiro concurso “Poetizar o Mundo” foram:
1º Verso-Mundo - André Luiz Caldas Amôra
2º Não tenho tempo - Robinson Silva Alves
3º Novas Dimensões - Luiz Gondim de Araújo Lins

Menções Honrosas
4. Miragens – Tatiana Alves
5. Não sei Rimar - Denivaldo Piaia
6. Poetizar o Mundo - André Telucazu Kondo
7. Escrever faz parte disso - Angela NedjaBerg Ceschim Oiticica
8. Aos que virão... Benilson Toniolo

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