terça-feira, 30 de agosto de 2011

OFICINAS DE POESIA


PRIMAVERA DOS MUSEUS
TEMA: MULHERES, MEMÓRIAS, MUSEUS


Sociedade Polono-Brasileira "TADEUSZ KOSCIUSZKO"
Rua Ébano Pereira, 502, Centro - 80410-240 - Curitiba – Paraná[/b]
Consulado Geral da República da Polônia – Gestão Sra. Consul Dorota Barys

PROGRAMAÇÃO em 3 modalidades de eventos:

1. Ciclo de debates – entrada franca.
2.Exposições – abertas ao público para visitação.[/color][b]
3. Oficinas – inscrições abertas. Vagas Limitadas. Materiais inclusos

Dia 17 sábado, das 14:00 às 17:00 Linoleogravura - com Everly Giller

Dia 18 domingo, das 09:00 às 12:00 ilustração para crianças - com Mari Inês Piekas, presença de Contador de Histórias

Dia 20 terça, das 14:00 às 17:00 Cartazes - com Heliana Grudzien

Dia 21 quarta, das 14:00 às 17:00 Poesia e arte na interação entre pais e filhos - com Márcia Széliga

Dia 22 quinta, das 14:00 às 17:00 Poesia e Filosofia para Crianças - oficina de poesia com Isabel Furini.

Dia 23 sexta, das 14:00 às 17:00 Wicinanki, kwiaty z bibuly, a arte em papel - com Cecília Szenkowicz Holtman

OFICINA 7: Dia 24 sábado, das 14:00 às 17:00 Wicinanki, kwiaty z bibuly, a arte em papel - com Cecília Szenkowicz Holtman - segunda parte


Dia 25 domingo, das 09:00 às 12:00 Ilustração para crianças - com Mari Inês Piekas, presença de Contador de Histórias

INSCRIÇÕES ABERTAS pelo telefone (41) 3524-9721 , com Márcia Széliga e pelo e-mail: casaculturapbr@gmail.com

VAGAS LIMITADAS. R$ 45,00 cada oficina.




Trabalho de Márcia Széliga

sábado, 27 de agosto de 2011

Jornal MEMAI aborda terror nuclear



JORNAL MEMAI – Letras e Artes Japonesas lança sua sétima edição, tendo como tema de capa o pesadelo nuclear, que tem atormentado o imaginário japonês desde a 2ª. Guerra Mundial. Godzila, Akira Kurosawa, Masuji Ibuse são algumas obras da ficção japonesa que abordaram o tema.

O jornal também traz a homenagem da França ao Japão, com a instalação da Casa de Chá criada pela designer Charlotte Perriand; entrevista com o escritor Oscar Nakasato, que recebeu o premio Benvirá de Literatura pelo romance Nihonjin; e uma matéria sobre haicai, ilustrada com haicais de imigrantes e pelo o sumi-ê de Lucia Hiratsuka.

O JORNAL MEMAI é publicado trimestralmente e tem distribuição gratuita em Curitiba, Londrina, Maringá e São Paulo. Quem tiver curiosidade em conhecer a versão impressa pode pedir pelo email contato@jornalmemai.com.br.
O site, que está sendo atualizado, traz até a edição 05 do jornal.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Maria Helena neta de Manuel Bandeira

por Isabel Furini

Maria Helena, neta de Manuel Bandeira, teve a gentileza de aceitar ser a nossa entrevistada.

Maria Helena, escritora de fantástico e Ficção Científica, é sobrinha-neta do poeta Manuel Bandeira, neta de seu único irmão homem, Antonio.
Realizamos uma pequena entrevista para conhecer um pouco mais o grande poeta.




1 - Maria Helena, você tem lembranças do grande escritor Manuel Bandeira?

Eu tenho várias lembranças dele, tanto na casa de minha avó, sua cunhada, de quem gostava muito e onde moravam seus dois sobrinhos, meu pai e minha tia que era sua afilhada, quanto mais tarde na casa de meus pais e nas casas dele no Flamengo e em Teresópolis. Estava sempre com aquele riso dentuço e gostava de brincar. Quando eu tinha uns onze anos, sabendo que gostava de enigmas, me deu uma Enciclopédia do Charadista e escreveu uma dedicatória no estilo:
Ama ri ah e lê na bandeira do tio Manuel.

Eu achei o máximo.

Lembro também que, a pedido de mamãe, fez uma dedicatória em versos para um prato de pão de madeira holandês que fora da sua bisavó e tinha um trecho do Padre nosso em francês: "donne nous notre pain quotidien"
Cada dia que nos dás, / Senhor, com o sol que nos traz / Traga-nos o pão e a paz.
Uma obra prima de síntese bem a seu estilo. E está lá, com a letra dele, colada no prato. Mais tarde eu o visitei, já doente, na casa da D.Lurdes com quem passou a morar.

2.Alguma lembrança poética dessa época?

Além do poema para mamãe, meu tio traduziu uma fábula de La Fontaine para eu recitar em pequena e enviou, junto com a tradução batida à máquina, um pequeno poema feito especialmente para mim, que está no Mafuá do Malungo e na nova edição das Meninas e o poeta. É um versinho simples, para ser dito por uma criança e nele homenageia seu pai, meu bisavô:
Sou a única bisneta/ de meu bisavô Bandeira/ que era pessoa discreta/ mansa, desinteresseira/ e era em pessoa a bondade/ que responsabilidade!
Continuo sendo a única bisneta mulher.




3. Como vivia Manuel Bandeira?

Ele vivia de forma simples, de acordo com suas posses de poeta e professor. Também sempre viveu sozinho porque perdeu toda a família próxima em oito anos e era solteirão. Cheguei a visitá-lo com meus pais em Teresópolis onde Bandeira tinha uma casa modesta - gostava muito da serra, morou muito tempo em Petrópolis. Lembro de seu apartamento que dava para o aterro (nessa época ele me deu alguns livros, inclusive de Dostoievski, os primeiros que li desse autor russo). Eram de uma coleção encadernada e as capas eram vermelhas. Seu apartamento era cheio de livros, com muitos quadros e algumas estatuetas. Uma delas está conosco, uma mulher negra, muito bela, de pé, apoiada a um pedestal. Também herdei a cadeira onde durante anos me sentei no computador. E ficou conosco o crucifixo a que se refere num poema, de marfim, redondo, sem o Cristo. Dizem que acompanhou os mortos da família. São lembranças sentimentais, particulares, como o prato de pão e a cesta de metal de carregar peixe (segundo me disseram) muito bonita, toda trabalhada. Era também da Europa e penso que não devia ser muito prática, mas uma obra de arte que mamãe usava como vaso de flores.

4. Depois de tantos anos, qual é a melhor lembrança que você tem dele?

É difícil dizer a melhor, lembro de ter muito orgulho de sua poesia ( eu sempre amei a literatura) e para citar um dia especialmente significativo para mim, foi a apreciação elogiosa que fez de uns trabalhos meus quando começava a pintar ( fui artista plástica anos antes de me dedicar a escrever). Bandeira era excelente crítico do assunto – como foi de música, Amava estas duas artes.
Receber um elogio de tio Manuel foi uma honra e uma alegria. Ele não era pródigo em elogiar, tanto em relação à poesia como à arte em geral. Uma vez me disse que críticas podiam afetar gravemente um artista: uma crítica severa ou injusta podia paralisar e um elogio excessivo ou muito cedo podia estragar uma carreira. Preferia não responder aos muitos desconhecidos que procuravam sua opinião. Por isto me senti tão honrada com sua aprovação dos meus pequenos quadros de papel.

5. Qual é o livro que você mais ama de seu ilustre ancestral?

É difícil escolher um livro como o melhor. Prefiro falar de algumas poesias que me atingem mais: Profundamente, Arte de amar, Momento num Café, Consoada, Estrela da Manhã, Noturno da rua da Lapa, Canção das duas Índias, o Cacto, Boi Morto, Vulgívaga e, claro, Pasárgada. Há muitas outras, mas estas foram as que me lembrei no momento. Tem ainda As cartas de meu avô que, além de bonita, me remete a memórias familiares e a lírica e triste Desencanto da fase inicial: eu faço versos como quem chora/ de desalento/ de desencanto. Ele sofreu muito por ter que abandonar a escola de Arquitetura ainda bem jovem por causa da doença. Mas esta ruptura o transformou no imenso poeta que foi. E mesmo depois de abandonar o lirismo óbvio, Bandeira manteve a musicalidade.

6. Helena, como seu tio Manuel Bandeira influenciou seu caminho de escritora?

Eu imagino que ter um tio poeta famoso possa ter me influenciado inconscientemente, mas eu sempre gostei de poesia, ganhei meu primeiro livro de poemas aos nove anos e decorei inteiro. Era de Olavo Bilac, poemas infantis. Creio que a sombra do meu tio me fez fugir de ser poeta embora sempre tenha escrito Recebi um premio da UBE e a Stella Leonardos que foi do júri ficou feliz ao saber que eu era sobrinha-neta do Bandeira, seu amigo. Preferi fugir das comparações indo para a prosa.

7. Fale um pouco de seus trabalhos, de seus livros e de seus novos projetos.

Eu sou basicamente uma escritora da Net embora já tenha publicado em várias antologias em papel, especialmente Ficção Científica. Tenho alguns livros inéditos esperando vencer minha dificuldade de me expor fora da web. Dois são realistas As Cartas do Alfredo (coração suburbano) que mistura humor e poesia sobre o relacionamento de um casal do subúrbio do Rio e Cigarette Blues, talvez o meu preferido, sobre uma banda esfarrapada de blues que percorre um Brasil indiferente e usa os sucessos deste gênero como tema de cada conto, mantendo os mesmos personagens. E ainda um livro só de contos fantásticos que por enquanto se intitula A Promessa do Tigre e outro de FC O Espreitador do Universo. E dois de poesia que não sei se terei coragem de publicar: Borboleta no Chapéu (o premiado) e Unicórnios no Jardim.





Maria Helena Bandeira tem lembranças preciosas de seu grandioso ancestral, Manuel Bandeira e se você quiser conhecer os trabalhos de Maria Helena pode acessar os blogs:
http://www.ovoazulturquesa.blogspot.com
http://cartasdoalfredo.blogspot.com

domingo, 21 de agosto de 2011

Jorge Xerxes ganhador do 2º Concurso Poetizar o Mundo




Estudou por pouco mais de dez anos na Unicamp.

Mantém o sítio www.jorgexerxes.wordpress.com - “Palavras Órfãs de Poesia: O que Restou”. Publica também no site Portal Literal

Publicou “As Cinquenta Primeiras Criaturas”, Livro de Contos e Poesias, 150 pp, Editora Multifoco, (2010).


Jorge Xerxes é natural de São João da Boa Vista, SP.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

BLABLAblogue: Crônicas & Confissões

Em 31 de agosto comemora-se o Dia do Blogue. Os blogues nasceram como “diários de bordo”, mas atualmente cada blogueiro tem a sua própria opinião de como deve ser organizado um blog. Percebendo essa paixão pelos blogues, que não se limita a jovens, mas que atinge pessoas de idades e profissões diferentes, o premiado escritor Nelson de Oliveira organizou um livro escolhendo segundo o seu gosto pessoal os blogues mais interessantes.



Nelson de Oliveira, no livro “BLABLAblogue: Crônicas & Confissões" (Editora Terracota, 2009, 160 páginas), informa que existem mais de 140 milhões de blogues e cerca de 120 mil são criados diariamente. Ou seja, o blogue já conquistou o coração das pessoas. O critério para escolher os trabalhos que foram publicados no livro obedeceu simplesmente o gosto pessoal do organizador. Entre os escolhidos, destacamos o blog Cantar a Pele de Lontra do excelente poeta Claudio Daniel, EraOdito de Marcelino Freire, Espelunca de Ademir Assunção, Micrópolis da poeta e escritora paranaense Marília Kubota, além do blogue de Fabrício Carpinejar, entre outros destacados escritores. Um livro que reflete as inquietudes da época da internet. A democratização da escrita pode se expressar como blogues para todos os interessados.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

2º Concurso Poetizar o Mundo

Agradecemos a participação de todos os poetas que enviaram os seus trabalhos.

Os ganhadores do 2° Concurso Poetizar o Mundo, modalidade Indriso foram:

1º CIRCUMAMBULATIO, Jorge Xerxes; 2º A OUTRA MONTANHA João Elias Antunes de Olivei; 3 NO TEU CORPO, de Antonio Rodrigues Belon
Menções Honrosas: ARS POÉTICA de Rogério Luz e CABIDELA HUMANA de Geraldo Trombin.

Foram jurados o escritor Dr. Marco Antônio de Araújo Bueno e o poeta Vítor Queiroz.

[local="20110730-4265"]

1º lugar circumambulatio de Jorge Xerxes – o poema ganhador será publicado gratuitamente no livro de indrisos que será editado por Isidro Iturat e todos os poemas publicados nesse livro são inéditos e não poderia ser publicado no blog. Mas recebemos autorização de Isidro para publicar o poema.

[size="4"]circumambulatio[/size]

gárgula de ímpetos imanentes
o mais astuto dos segréis calar-se-ia
ante um torvelino de queixas tão obtusas

mas acolhe: afaga-lhes as faces rombudas
abre-lhes as palmas feridas de pedras
para que delas abandonem sorridentes flores

os embates não nutrem pérolas em ostras

é a síntese a erigir-lhes sentido

Autor: Jorge Xerxes é natural de São João da Boa Vista, SP. Mantém o sítio www.jorgexerxes.wordpress.com - "Palavras Órfãs de Poesia: O que Restou". Publicou "As Cinquenta Primeiras Criaturas", Livro de Contos e Poesias, 150 pp, Editora Multifoco, (2010).

2° Lugar
A OUTRA MONTANHA de João Elias Antunes de Oliveira

Menino apascentando cabras na montanha.
O tempo badala no pescoço.
A longa vara indica a superação da sede.

O cajado ampara o medo.
Duas bocas compreendem o sol da manhã.
Apascenta os sonhos.

A montanha projetava seus ecos no vazio.

Menino apascentando seu rebanho de pedras na montanha.

Elias Antunes é professor, servidor público e escritor, publicou vários livros.


3º Lugar.
NO TEU CORPO

Arquitetura!
Arquibundura!
Arquimedes

Não me deu
(eureca)
Nem o grito nem o achado.

Teus seios...

Teus quadris.


Professor de Literatura Brasileira aposentado na UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atua no Programa de Pós-Graduação, Mestrado em Letras, do campus de Três Lagoas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e realiza estágio pós-doutoral e outras atividades no Programa de Pós-Graduação em Literatura na UNB – Universidade de Brasília.


MENÇÃO HONROSA

Ars Poética de Rogerio Luz

Nada saber não é um privilégio
da pedra ou do animal: o pensamento
se perde na palavra, nos intentos.

Nada pensar entre paixão e tédio
nada dizer acerca da montanha –
toda palavra dita soa estranha.

Emudecer a voz – tristonha ou álacre.

Vocábulos de júbilo dos pássaros.



Rogerio Luz (Rio de Janeiro, 1936) é professor aposentado da ECO-UFRJ. Poeta, ensaísta e artista plástico, publicou diversos artigos e livros na área de estética, psicanálise e crítica de arte. Tem três livros de poesia: Diverso entre contrários. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2004, Correio Sentimental. S.Paulo: Giz Editorial, 2006, e Escritas. Goiânia: Editora UFG, Coleção Vertentes, 2011.


MENÇÃO HONROSA
CABIDELA HUMANA de Geraldo Trombin


Meu sangue avinagrado já está fervendo na panela.
Minhas partes – cabeça, pescoço, pés, asas criativas sem adejo –
Todas decepadas, prontas para serem refogadas.

O coração prestes a ser afogado na sua hemoliquidez;
O fígado embebido na sua lânguida embriaguez.
Sinto-me miúdo.

Sinto-me aos pedaços.

Prato a ser devorado.


Geraldo Trombin é publicitário, membro do "Espaço Literário Nelly Rocha Galassi" – de Americana/SP (desde 2004) e da CL (Concursos Literários)
Lançou em 1981 "Transparecer a Escuridão", produção independente de poesias e crônicas, e em 2010 "Só Concursados - diVersos poemas, crônicas e contos premiados". Com mais de 190 classificações conquistadas em inúmeros concursos realizados em várias partes do país, tem trabalhos editados em mais de 70 publicações.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...