A finalidade do blog é orientar futuros escritores, dar "dicas" para que possam aprimorar os seus textos.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
sábado, 20 de julho de 2013
1º Salão de Artes Plásticas Carlos Zemek
SALÃO DE ARTE
Estremecem-se os cinco sentidos,
as telas brilham nas retinas
e um turbilhão de emoções
desperta constelações
de sonhos que fascinam.
Poema de Isabel Furini
Estremecem-se os cinco sentidos,
as telas brilham nas retinas
e um turbilhão de emoções
desperta constelações
de sonhos que fascinam.
Poema de Isabel Furini
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Entrevistado: escritor Guido Viaro
CONFISSÕES DA CONDESSA BEATRIZ
O livro “Confissões da Condessa Beatriz de Dia”, de Guido Viaro, foi lançado em Curitiba no dia 15 de maio e reuniu escritores, jornalistas e amantes das letras. Guido Viaro é o mais jovem membro da Academia Paranaense de Letras, ocupa a cadeira número 14. Formado em Letras, ele é homônimo do seu avô, o pintor ítalo-brasileiro Guido Viaro. É autor de onze romances: O Quarto do Universo, Glória, A Mulher que Cai, A Praça do Diabo Divino, Embaixo das Velhas Estrelas, No Zoológico de Berlim, Flores Coloridas, A Floresta Simbólica, A Revelação Frutosa, O livro do Medo e Confissões da Condessa Beatriz de Dia. O próprio autor diz que, em suas obras, “os temas comuns são exames de consciência, personagens quase sempre sem nome, sem relações com outros personagens, que buscam explicações dentro de si, mostram seus sangramentos espirituais e as cicatrizes que deixam”.
Sua obra “Confissões da Condessa Beatriz de Dia” é um livro instigante e de difícil compressão. Podemos dizer que é o livro das entrelinhas. Muitos aspectos da personagem principal, a Condessa Beatriz, não são revelados diretamente, são insinuados e depende da habilidade do leitor para completar aspectos da subjetividade e da vida da personagem. À medida que vamos lendo, podemos perceber que alguns questionamentos de Beatriz não são típicos da Idade Média, mas o autor revela que ela foi superior a seu tempo, ou seja, ela não estava limitada pela visão comum da mulher dessa época. Um elemento sobressai nessa narrativa: a linguagem poética. Essa linguagem literária talvez seja a arma mais valiosa do autor. O jogo metafórico. As reflexões repletas de lirismo. Entrevistamos Guido Viaro – suas respostas nos ajudam a entender melhor o objetivo de sua obra.
1) Como e quando surgiu a ideia do livro? A ideia do livro surgiu quando ouvi o nome da Condessa, personagem real, compositora e trovadora do século XII, depois fui colocando vida na personagem, falando das angústias femininas que são atemporais. Decidi então não fazer um livro linear, começo pelo fim da vida e vou mostrando as razões que levam a determinadas consequências. Como a morte vai se formando dentro de nós e de que maneira nossos sonhos juvenis são soterrados. Mas não queria chegar a conclusões nem passar mensagens, a confusão do livro é proposital e reflete os estados de espírito da personagem.
2) Gostaria de saber qual é sua proposta: desvendar o universo feminino? Despertar a curiosidade sobre a vida da mulher na Idade Média? Conduzir o leitor pelo caminho da reflexão e da descoberta? A ideia do livro é sobretudo um mergulho no universo humano, que no caso é feminino, mas que não se restringe a ele. A Idade Média é um pano de fundo histórico, mas que em determinados momentos encaixa-se no universo da personagem.
3) Guido, o seu estilo é intimista, confidencial. Você acha que neste momento em que os best sellers são obras de ação, de muito movimento, o seu livro, que é mais reflexivo, tem chances de conquistar um grande número de leitores? Honestamente acho que as chances de conquistar um grande público são quase nulas, mas não é esse o objetivo, escrevo, dou minha visão de mundo, se uma pessoa retirar algo desse esforço, já valeu a pena.
4) A personagem é uma mulher, e a psicologia feminina está muito bem retratada nessa obra. Foi difícil construir essa personagem? Você colocou traços de alguma mulher que faz parte de sua vida familiar? Acho que coloquei pedaços de todas as mulheres que já conheci, mas também há ali alguns homens disfarçados de mulher.
5) Você é autor de vários livros. Qual deles você considera seu melhor trabalho? Honestamente, não consigo (ainda) ter um distanciamento crítico para dizer qual o melhor trabalho. Posso te dizer o que os outros falam, dizem que, sem contar esse último livro, que poucos ainda leram, meu melhor trabalho é o livro anterior a esse "O livro do Medo".
Isabel Furini é escritora, e-mail: isabelfurini@hotmail.com
CONSUMO E CONSUMISMO (Resenha)
Carlyle Popp, doutor em Direito
Civil pela PUC/SP, mestre em Direito Público pela UFPR e membro do Instituto
dos Advogados do Paraná, professor de cursos de graduação e de pós-graduação,
orientou e coordenou os trabalhos que fazem parte do livro “Consumo e
Consumismo”. O próprio autor esclarece: “O
embrião desta obra nasce das discussões encerradas no âmbito do grupo de
pesquisa em atividade junto ao Centro Universitário Curitiba – Unicuritiba,
cujo projeto denomina-se Liberdade de Iniciativa, Dignidade Humana e Proteção
ao Meio Ambiente Empresarial, que lidero junto com a doutoranda Ana Cecília
Parodi”.
Os trabalhos foram realizados a
partir da obra literária “As Coisas”, de Georges Perec, e da obra “Vida Para
Consumo: a transformação das pessoas em mercadoria”, de Zybmunt Bauman. No livro são apresentados aspectos
importantes do comportamento humano e são analisadas as causas e consequências
do consumismo. Para isso o autor procura informações em diferentes fontes. Fala
da Teoria dos Jogos, esclarecendo que pode ser de cooperação ou de competição,
analisa a função social jurídica no meio ambiente empresarial sustentável.
Coloca em evidência a compulsão de consumo de nossa época, na qual uma pessoa
compra um produto, por exemplo, um celular, e pouco tempo depois o deixa de
lado ainda que funcione, porque o mercado oferece um novo modelo com mais
funções. Ou seja, a sede de consumo nunca é saciada. É como uma ciranda sem
fim. Os objetos dominam o pensamento e o imaginário do homem contemporâneo, é
preciso comprar sempre o melhor, os produtos de última geração, para se sentir
participante da sociedade e capaz de adquirir objetos de valor.
Velocidade
e imediatismo são características da época.
Como já
disse o filósofo indiano Jiddhu Krishnamurti nos anos 80, as coisas se tornaram
finalidade e os seres humanos, meios para atingir coisas. Essa mudança de
valores faz também com que os valores éticos sejam esquecidos. Em um capítulo,
lemos: “A transição do ser para o ter, valorizadora do patrimônio em detrimento
do ser humano”.
Carlyle
Popp na obra “Consumo e consumismo” (Juruá Editora, 188p.) contou com os
colaboradores: Alex Sandro Noel Nunes, Amarílio H. Leal de Vanconcellos, Ana
Cecília Parodi, Bruna Singh, Ingrid Karoline Trinkel, Marcelo de Souza Sampaio,
Raissa de Cavassin Milanezi, Rudha Baluta.
O livro
é um estudo profundo do consumismo e seu impacto no mundo atual. Vale a pena
conferir.
Assinar:
Postagens (Atom)