quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O DIREITO E A ARTE – UMA COLETÂNEA







O livro “O DIREITO E A ARTE – Uma coletânea” (Ed. Solar do Rosário, 2011, 328 p.) foi lançado no mês de junho, mas o projeto já tem cinco anos de história. O objetivo é compartilhar com o público a coleção privada de João Casillo.

Com a seriedade que caracteriza as ações dos doutores e colecionadores de arte Regina e João Casillo, o projeto “O Direito e a Arte – Uma coletânea” iniciou-se em 2006. A editora do Solar do Rosário conseguiu aprovação pela Lei Rouanet. O objetivo era mostrar a coleção particular de obras e peças ligadas ao direito e à justiça. São mais de duas mil peças reunidas pelo advogado Casillo ao longo de 40 anos. Em 2009, as peças começaram a ser catalogadas. Em 2010, foi o momento das fotografias e editoração. O livro foi finalizado no início de 2011.

No prefácio, o autor esclarece que “algumas peças foram adquiridas em antiquários, outras são réplicas de museus. O maior número ou vem diretamente das mãos dos artistas ou mesmo de fotos ou reproduções”.

Obedecendo à temática jurídica, o livro apresenta quadros, gravuras, esculturas, miniaturas, documentos. O fio condutor é a proximidade da arte com o tema jurídico. As obras foram organizadas por assunto, começando com arquitetura. O primeiro capítulo fala do imóvel de estilo palaciano, o sobrado rosa da esquina das ruas Lourenço Pinto e Sete de Setembro, construído em 1850. Em 1999, esse imóvel foi comprado e restaurado, conservando as características originais. Ele é parte da história de Curitiba.

O segundo capítulo, “As várias concepções artísticas da justiça”, começa com um texto que nos leva a entender como a justiça era representada em civilizações antigas: Suméria, China, Japão, Egito, Grécia e, logicamente, Roma. Disse Casillo: “Os antigos romanos, que legaram ao mundo ocidental o maior sistema jurídico, eram muito mais práticos do que abstratos. (...) Entre os romanos várias divindades eram relacionadas ao Direito. Três delas eram responsáveis pela correção nas transações pública e privadas: Fides, deus Fido e Semo Sancus”. Quadros, escultura, desenhos, citações sobre o tema de grandes nomes, entre eles: Homero, Aristóteles, Sêneca, Gandhi e outros.

Em síntese: um livro de arte pensado e editado com cuidado estético que merece um olhar atento para ser apreciado em todos os seus detalhes. O livro não é comercializado, mas está sendo doado para bibliotecas, escolas, universidades e tribunais em todo o Brasil.


João Casillo.

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