Você gostava de ler quando era
criança? Quais eram seus livros preferidos?
Eu
leio com regularidade desde os oito anos de idade. E lia de tudo na
adolescência e juventude. Incentivado (ou obrigado) pelos professores li obras
de Monteiro Lobato e Machado de Assis. Também lia diversas histórias em
quadrinhos. Cultivei o hábito de ler dicionários e enciclopédias (lendo
verbetes aleatórios ou então seguindo as remissões dos próprios verbetes).
Das
obras significativas, eu li a Eneida de Virgílio, com 10 anos e A
República de Platão no ano seguinte. Eu também frequentava regularmente a
Biblioteca Pública de Maringá, um dos locais muito fortes em minhas memórias de
infância.
Uma
referência importante nesse período foi o professor Galdino Andrade. Um
escritor, que foi meu professor no primeiro ano do Ensino Médio (usávamos o
livro do Geraldo Mattos). Dele eu li e guardo até hoje o Poeira Vermelha.
Também li o Terra Molhada escrito por um goiano chamado Sidnei Pimentel,
que presenteou o meu pai com um volume dessa saga familiar.A minha primeira remuneração com 17 anos foi integralmente utilizada para adquirir a coleção da Editora Abril com os grandes clássicos da literatura. E desde então leio com regularidade ao menos um livro por semana. Mesmo em momentos de grande tensão ou de muito trabalho sempre libero tempo para a literatura. Hoje estou tentando adquirir o hábito de ler no computador e no tablet. Mas não paro nunca de ler.
Qual é seu gênero literário
preferido: conto, crônica, poesia, novela ou romance?
Eu
leio todas essas literaturas. Os romances, novelas, contos, crônicas e poesias
com regularidade. Eu também gosto de ler as crônicas publicadas na imprensa. Os
meus autores preferidos são o José Carlos Fernandes, que publica às
sextas-feiras na Gazeta, é um dos meus rituais, e a Claudia Wasilewski que leio
na Revista Ideias.
Se tivesse que passar seis meses
sozinho em uma ilha deserta, qual livro levaria?
Sem
dúvidas: os três tomos das obras completas do Jorge Luis Borges. E se fosse só
um título levaria o Ficções, dele.
Qual é o seu caminho para
escrever uma crônica? Você inicia com uma palavra, uma imagem, uma lembrança?
Escrever
crônicas sobre acontecimentos autobiográficos é um tanto complicado e me coloco
em questionamento sobre o que de minha vida pode interessar a outras pessoas.
Comecei escrevendo sobre as minhas viagens. Depois combinei viagens com
experiências gastronômicas.Eu tento produzir diversas crônicas ao mesmo tempo a partir de um tema comum. As primeiras foram da minha relação com a gastronomia e apreciação dos alimentos pelo paladar. Reuni histórias das minhas memórias afetivas das boas experiências com o paladar e fui formatando as crônicas. Agora estou ensaiando a produção de crônicas com histórias pitorescas que reuni ao longo da vida.
Fale sobre os novos projetos.
Você tem a intenção de publicar algum livro de crônicas, além da participação
em coletâneas?
Eu
tenho publicado ensaios em áreas diversas. Eu estou com um romance e uma
coleção de contos em processo de produção, mas que ainda estão longe do prelo.
E estou reunindo crônicas para uma publicação.Isabel Furini é escritora e poeta premiada. Autora dos livros “Joana, a Coruja Filósofa” e “O grande poeta”, para o público infantil. Contato - e-mail: isabelfurini@hotmail.com
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