Dança a dançarina,
dança uma coreografia saltitante
- quase um estouro de emoções.
Zimbram os pés meneia a cabeça,
os braços se enroscam como cobras peçonhentas
no jardim do corpo, as mãos
passam de leve pela planície dos ombros.
O tronco geometriza palavras e idéias,
os dedos recriam um obscuro alfabeto arcaico
e desenham palavras no ar,
enquanto seu instinto de bailarina rústica
forja poemas impensados
no espaço contornado pelas mãos frágeis.
Com sua irrefletida dança a dançarina poetiza o mundo.
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