A finalidade do blog é orientar futuros escritores, dar "dicas" para que possam aprimorar os seus textos.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Lançamento: Escrevendo crônicas
Crônica é um gênero literário que desperta o interesse das pessoas por falar de assuntos quotidianos. O Instituto Memória lançará em 29 de outubro, 19 horas, no Palacete dos Leões, Av. João Gualberto, 530, Alto da Glória, Curitiba, o livro "Escrevendo crônicas: dicas e truques. Entrada franca.
domingo, 13 de outubro de 2013
HOMERO GOMES E A ARTE POÉTICA
Curitiba
é uma cidade rica em produções literárias e artísticas. Sobre os poetas, um professor falou que “moram à sombra do
grande Leminski”. Muitos poetas, na atualidade, estão desenvolvendo uma
linguagem própria, entre eles destacamos o trabalho de Homero Gomes. Ele é
autor de “A Solidão de Caronte” e participará da antologia “Fantasma Civil”,
organizada por Ricardo Corona. O livro
será lançado em 21 de outubro, 17h, no Palacete Wolf, Praça Garibaldi, 7 -
Setor Histórico de Curitiba.
Qual caminho segue
para construir seus poemas? Você parte de uma ideia, de uma imagem, de uma
palavra?
De uma preocupação, de um incômodo a respeito de algo que eu tenha visto, que tenha ouvido ou vivenciado. A partir dessa moléstia, penso em imagens, em sequências de ações, a partir delas as palavras vão surgindo guiadas pela narratividade própria da voz poética que desenvolvi. Voz que se permite impregnar-se de elementos estrangeiros como a filosofia, a religião e a mitologia, como bem lembrou Carlos Felipe Moisés, na orelha que escreveu para o livro, “poesia às vezes discreta, às vezes ostensivamente impregnada de seriedade e de filosofia, com a mediação da tradição bíblica ou do recurso à mitologia”.
Entrevistamos
Homero Gomes para conhecer melhor a sua trajetória no mundo da literatura.
A antologia Fantasma civil, organizada pelo
poeta Ricardo Corona para a Bienal Internacional de Curitiba 2013
Homero, quando
começou a escrever poemas?
Comecei
no século passado, mas ainda não imaginava que assumiria essa atividade com
tanta seriedade. Há pouco mais de quinze anos, sentava e escrevia como quem
passava o tempo ainda adolescente. Muito poema foi para o lixo, muitos ficaram
como registro do que não devo nunca mais fazer.
Cada poeta usa
recursos diferentes. Quais são os recursos que você mais valoriza na escrita
poética?
Como
escrevi no ensaio Maldição da Leitura, publicado no jornal Rascunho, “talvez a
literatura só traga mais caos à vida que já é turbulenta por natureza”, e é
essa natureza, essa turbulência da vida, o sofrimento, a tristeza, a solidão, o
desespero, a crueldade, a morte, os recursos que utilizo para escrever meus
poemas. É na vida que penso.
Como você definiria
o seu estilo?
Mesmo
focado na vida, na natureza do ser humano, a voz dos meus poemas não é
coloquial. Pode parecer contraditório isso, mas é assim. Desenvolvi uma voz
muito imagética, narrativa, encantatória. Ou como disse Fernando Monteiro na
quarta-capa de Solidão de Caronte, uma “poesia reflexiva que caminha para o
cinzento da angústia contemporânea”. De uma preocupação, de um incômodo a respeito de algo que eu tenha visto, que tenha ouvido ou vivenciado. A partir dessa moléstia, penso em imagens, em sequências de ações, a partir delas as palavras vão surgindo guiadas pela narratividade própria da voz poética que desenvolvi. Voz que se permite impregnar-se de elementos estrangeiros como a filosofia, a religião e a mitologia, como bem lembrou Carlos Felipe Moisés, na orelha que escreveu para o livro, “poesia às vezes discreta, às vezes ostensivamente impregnada de seriedade e de filosofia, com a mediação da tradição bíblica ou do recurso à mitologia”.
Fale sobre o seu
novo livro “Solidão de Caronte” – Como surgiu o título? Qual a orientação dos
poemas?
O
título do livro remonta não apenas à figura mitológica do barqueiro, mas à
solidão a qual ele está condenado. Metáfora que Micheliny Verunschk
identificou, relacionando-a a função de todo poeta, pois “não é por acaso que o
livro se inicia com Sísifo e conclui com Prometeu, ambos mitos que reverberam o
ofício da poesia”. Entretanto, não apenas aos poetas, mas aos seres humanos
amaldiçoados a sofrerem sozinhos as suas angústias e tristezas.
Os
poemas do livro são irmanados em temas e numa voz que não sou eu, mas com a
qual me identifico. Sou muito criterioso, por isso, publiquei depois de tanto
tempo e, também, restringindo ao máximo a quantidade de poemas no livro. O
tempo, no final das contas, não importa. Sou poeta bissexto, sou escritor de
final de semana. Pelo menos, por enquanto. Mas sou leitor em tempo integral,
porque, assim como o Borges, me orgulho mais daquilo que li do que daquilo que
escrevi.
Entrevistadora: Isabel
Furini
Isabel Furini é escritora e poeta premiada. Autora do livro de poemas “Os Corvos de
Van Gogh”. Contato: isabelfurini@hotmail.com
MARCOS CORDIOLLI E O MUNDO DOS LIVROS
Nosso
entrevistado é Marcos Cordiolli, presidente da Fundação Cultural de Curitiba.
Marcos é graduado em História (UFPr, 1988) e mestre em Educação: história e
filosofia da educação (PUC-SP, 1997). Professor universitário de graduação
(desde 1994), de especialização latu
senso (em mais 20 IES); palestrante e conferencistas; consultor técnico de
publicações didáticas; publicou artigos, livros e materiais didáticos; É autor
de Sistema de ensino e políticas educacionais (Editora IBPEX); cineasta,
produtor associado do filme O Sal da Terra (Brasil, 2008) de Eloi Pires
Ferreira; diretor de produção de Conexão Japão (Brasil, 2008); produtor
executivo de Curitiba Zero Grau (Tigre Filmes e Labo).
A minha primeira remuneração com 17 anos foi integralmente utilizada para adquirir a coleção da Editora Abril com os grandes clássicos da literatura. E desde então leio com regularidade ao menos um livro por semana. Mesmo em momentos de grande tensão ou de muito trabalho sempre libero tempo para a literatura. Hoje estou tentando adquirir o hábito de ler no computador e no tablet. Mas não paro nunca de ler.
Eu tento produzir diversas crônicas ao mesmo tempo a partir de um tema comum. As primeiras foram da minha relação com a gastronomia e apreciação dos alimentos pelo paladar. Reuni histórias das minhas memórias afetivas das boas experiências com o paladar e fui formatando as crônicas. Agora estou ensaiando a produção de crônicas com histórias pitorescas que reuni ao longo da vida.
Isabel Furini é escritora e poeta premiada. Autora dos livros “Joana, a Coruja Filósofa” e “O grande poeta”, para o público infantil. Contato - e-mail: isabelfurini@hotmail.com
Você gostava de ler quando era
criança? Quais eram seus livros preferidos?
Eu
leio com regularidade desde os oito anos de idade. E lia de tudo na
adolescência e juventude. Incentivado (ou obrigado) pelos professores li obras
de Monteiro Lobato e Machado de Assis. Também lia diversas histórias em
quadrinhos. Cultivei o hábito de ler dicionários e enciclopédias (lendo
verbetes aleatórios ou então seguindo as remissões dos próprios verbetes).
Das
obras significativas, eu li a Eneida de Virgílio, com 10 anos e A
República de Platão no ano seguinte. Eu também frequentava regularmente a
Biblioteca Pública de Maringá, um dos locais muito fortes em minhas memórias de
infância.
Uma
referência importante nesse período foi o professor Galdino Andrade. Um
escritor, que foi meu professor no primeiro ano do Ensino Médio (usávamos o
livro do Geraldo Mattos). Dele eu li e guardo até hoje o Poeira Vermelha.
Também li o Terra Molhada escrito por um goiano chamado Sidnei Pimentel,
que presenteou o meu pai com um volume dessa saga familiar.A minha primeira remuneração com 17 anos foi integralmente utilizada para adquirir a coleção da Editora Abril com os grandes clássicos da literatura. E desde então leio com regularidade ao menos um livro por semana. Mesmo em momentos de grande tensão ou de muito trabalho sempre libero tempo para a literatura. Hoje estou tentando adquirir o hábito de ler no computador e no tablet. Mas não paro nunca de ler.
Qual é seu gênero literário
preferido: conto, crônica, poesia, novela ou romance?
Eu
leio todas essas literaturas. Os romances, novelas, contos, crônicas e poesias
com regularidade. Eu também gosto de ler as crônicas publicadas na imprensa. Os
meus autores preferidos são o José Carlos Fernandes, que publica às
sextas-feiras na Gazeta, é um dos meus rituais, e a Claudia Wasilewski que leio
na Revista Ideias.
Se tivesse que passar seis meses
sozinho em uma ilha deserta, qual livro levaria?
Sem
dúvidas: os três tomos das obras completas do Jorge Luis Borges. E se fosse só
um título levaria o Ficções, dele.
Qual é o seu caminho para
escrever uma crônica? Você inicia com uma palavra, uma imagem, uma lembrança?
Escrever
crônicas sobre acontecimentos autobiográficos é um tanto complicado e me coloco
em questionamento sobre o que de minha vida pode interessar a outras pessoas.
Comecei escrevendo sobre as minhas viagens. Depois combinei viagens com
experiências gastronômicas.Eu tento produzir diversas crônicas ao mesmo tempo a partir de um tema comum. As primeiras foram da minha relação com a gastronomia e apreciação dos alimentos pelo paladar. Reuni histórias das minhas memórias afetivas das boas experiências com o paladar e fui formatando as crônicas. Agora estou ensaiando a produção de crônicas com histórias pitorescas que reuni ao longo da vida.
Fale sobre os novos projetos.
Você tem a intenção de publicar algum livro de crônicas, além da participação
em coletâneas?
Eu
tenho publicado ensaios em áreas diversas. Eu estou com um romance e uma
coleção de contos em processo de produção, mas que ainda estão longe do prelo.
E estou reunindo crônicas para uma publicação.Isabel Furini é escritora e poeta premiada. Autora dos livros “Joana, a Coruja Filósofa” e “O grande poeta”, para o público infantil. Contato - e-mail: isabelfurini@hotmail.com
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
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